quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Desafio!


Olá futuros arquivistas,


 Imagem retirada do site: http://www.eventoscampinas.com/formatura-dicas-de-como-organizar-o-seu-evento/


Muitos esperam ansiosamente o grande dia não é? O dia de nossa formatura! 
E com base nesse tema, selecionamos uma reportagem um tanto curiosa:

A Menina morta que não pode se formar por falta de frequência
 
Os pais de Megan Gillian, uma garota que morreu dois meses antes da formatura, receberam uma carta da escola dizendo que ela não poderia ir ao baile de formatura se sua freqüência escolar não melhorasse. A carta dizia que estudantes deveriam ter uma presença de 90% e ela tinha, no momento, 60%. O documento estava assinado pelo diretor do colégio que depois se desculpou com os pais da menina dizendo que era tudo um erro de software.
Reportagem tirada do site : http://hypescience.com/as-6-mais-bizarras-historias-de-formatura/


E diante deste fato lastimável, pedimos que seja feita uma análise do documento citado. A análise deverá ser feita em cima do conteúdo que a reportagem diz conter no carta, dizendo se a informação é verídica, ou não, e analisar a autenticidade do documento. Pedimos também, que sejam apresentados elementos que comprovem o resultado da análise obtida.

E é isso!

Até mais.

4 comentários:

  1. A carta que foi enviada aos pais da garota pode ser verídica ou não. Caso as normas do colégio permitissem a formatura com ao menos 90% de frequência e a aluna tivesse apenas 60% a informação seria real. Ou seja, do ponto de vista da autenticidade histórica pode ser falso ou não. Quanto à autenticidade em sentido diplomático é confiável por apresentar a assinatura com o nome da pessoa competente por criá-la, que no caso é o próprio diretor da escola, e ainda por representar as práticas do tempo e do espaço em que foi escrita. E legalmente falando é genuína, já que a pessoa competente, ou seja, o diretor, assim garante através de sua assinatura.

    Fica parecendo que houve negligência, pois entende-se que o diretor deveria ter lido o documento e se inteirado do seu conteúdo a partir principalmente de seus elementos intrínsecos, de modo a assinar e respaldar realmente o documento nos termos da lei, por meio, inclusive, de suas características específicas, como o logotipo da instituição de ensino em seu suporte, que no caso é papel. O que parece é que a carta foi feita por outro funcionário da escola em meio digital, impressa e posteriormente assinada pelo diretor sem o conhecimento do que continha.

    O software (que provavelmente cuida do registro da assiduidade dos alunos nas disciplinas) deve estar precisando de ajustes, e talvez novos campos para serem preenchidos, assim como pessoas para operá-lo, além dos docentes.

    Pode ter ocorrido também: a escola teve uma atitude desatenciosa em não perceber a ausência da garota em um período que pelo visto foi mais do que suficiente para se entrar em contato com a família e saber notícias. Se tratando de uma escola pública, dependendo do país onde ocorreu pode ser inadmissível culturalmente ou ainda, só mais um dos acontecimentos típicos ocasionados pelo descaso das autoridades com a educação. Sendo a escola particular, a falta de atenção também seria grave, pois deveria-se tentar chegar em um acordo com os pais da garota para negociar as mensalidades e colocar em dia os pagamentos para evitar maiores constrangimentos.

    "Más bien significa que, en cualquier lugar en que se emprenda tal análisis dirigido a comprender diplomáticamente estos documentos, necessita investigar la comprensión de sus formas no sólo en el contexto individual del creador, sino también en el más amplio contexto constituido por la doctrina legal de la sociedad donde vive el creador y por su manifestación en la función de documentar dentro de tal sociedad." (Duranti,1996)

    Independente do que de fato tenha acontecido internamente na escola, trata-se de uma falha enorme, que mostra o quanto é importante tomar cuidado também no momento de produção dos documentos!

    REFERÊNCIAS: DURANTI, Luciana. Diplomática: usos nuevos para una antigua ciencia. Trad Manuel Vázquez Camona (Sevilla): S&C, 1996.

    PRISCILA MEDEIROS PEREIRA RODRIGUES

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  2. Priscila, gostei da sua análise.É bem o que penso. Quanto a se está certa ou errada, só o professor pode nos responder. Achei legal você ter expandido mais a questão, observando toda a situação ocorrida. Era bem isso que queríamos.
    :)

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  3. Eu concordo com a análise da Priscila, mas proponho outro ponto de vista. Outra hipótese possível seria que os pais, diante a situação, podem ter se esquecido de protocolizar o atestado de óbito no colégio ou como se desculpou o diretor e a Priscila bem explorou, o fato de ter ocorrido uma falha no software (ou mesmo na inserção dos dados nele). E o colégio/faculdade, por sua vez, pode ter tentando entrar em contato por telefone e não ter obtido êxito. Assim, normalmente, a carta fica algo mais formal e é mais uma tentativa para que depois eles não reclamassem que não tinham sido avisados.
    Acredito então, que o documento em questão pode ser perfeitamente autentico e verídico.
    De acordo o que esta normatizado no e-arq Brasil (2006, p.23), “documento arquivístico autêntico é aquele que é o que diz ser”, [...] “livre de adulterações ou qualquer outro tipo de corrupção”. Essa qualidade do documento está “ligada à transmissão do documento e à sua preservação e custódia”. Observando o documento, percebe-se que ele realmente foi emitido por alguém competente e não houve alterações.
    Quanto a veracidade, Duranti propõe que “um documento é “verídico” quando é verdadeiramente o que se propõe ser.”, no caso, uma carta informativa aos pais. O que informa o documento é verídico “ela não poderia ir ao baile de formatura se sua freqüência escolar não melhorasse. A carta dizia que estudantes deveriam ter uma presença de 90% e ela tinha, no momento, 60%”, que deve ser uma norma expressa no manual do colégio. Entretanto, por falta de comunicação ou falha do sistema a carta foi enviada desnecessariamente, pois a “penalidade” de fato já iria ocorrer “ela não iria poder ir ao baile”, tornando-se sem efeito e provocando um constrangimento para os pais por terem que lembrar disso, merecendo mesmo um pedido formal de desculpas e sair em um site de bizarrices de formaturas.

    Maiara Coutinho Carvalho – 10/0113257

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  4. Primeiramente vamos analisar a questão da autenticidade.

    Duranti afirma que um documento é diplomaticamente autentico é aquele que foram escritos de acordo com as práticas do tempo e lugar indicados no texto e firmados com os nomes de pessoas competentes para criá-los. Em outra passagem diz que o documento é autentico quando apresenta todos os elementos necessários para prove-lo de autenticidade.

    Analisando essas passagens podemos dizer que a carta recebida pelos pais dos alunos é autêntica pois ela possuia todas características próprias como sua estrutura interna e, ainda, com sinais de validação, no caso a assinatura do diretor da escola.

    Por outro lado, existe o fator "software". Bom, o sistema não se opera sozinho. Quando o diretor afirma que houve um erro do software ele quis dizer que ocorreu um erro mecânico. Um software, que trabalhe com frequência, necessita de haver um individuo que realize a inserção dos dados, caso contrário, o sistema será falho. Segundo Duranti um documento é verídico quando é o que se propõe ser, portanto, o documento em questão não é verídico pois ele não está propondo o que ele quer dizer, no caso, dizendo que a aluna ainda está com matricula ativa.

    Portanto, percebe-se, a partir disso, que a produção de documento dentro da escola é realizado em conjunto com algum sistema de inserção direta de metadado pelo professor ou responsável, contudo, esse processo se torna oneroso pois a inserção dos dados não ocorre ou ocorre de forma incorreta. Por fim, o problema parece ter sido ocasionado por problemas técnicos de inserção de dados e por falta de atenção do Diretor no momento em que ele assinou o documento e validou a autenticidade do documento.

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