domingo, 17 de fevereiro de 2013

EXTRA!!! EXTRA!!!



Após muita discussão interna no grupo, conseguimos chegar a um consenso.
Independente do contexto, há informação arquivística, pois o que está sendo discutido não é o conteúdo da "reportagem" mas sim o trabalho realizado para produção daquela reportagem. Nesse caso, ela deveria sim, ser arquivada, justamente porque prova o trabalho daquela equipe na produção daquele conteúdo, seja ele verdade ou não.
E  abordando diretamente o segundo ponto proposto, verifica-se a importância do arquivamento da reportagem em duas vertentes distintas. Assim como a primeira situação, ela prova o trabalho da equipe, pois é justamente o resultado dele. Já a segunda vertente é que o seu conteúdo, que possui outro enfoque, passa a ser verdadeiro também, visto que o objetivo é satirizar o processo de criação de notícias.

Abaixo segue uma abordagem acadêmica que motivou a decisão do grupo pelo arquivamento em ambasas situações.


Rousseau e Couture (1998, p.63-65) afirmam que qualquer organismo, independentemente de tamanho, missão ou setor de atividade, para existir, funcionar e se desenvolver,
necessita de informação. Nesse sentido, todos os membros do organismo têm necessidade de informação para desempenhar suas funções. Para tanto,
arranjam a informação necessária tanto no exterior como no interior do organismo. Essa informação pode ser verbal ou registrada num suporte como o papel, a fita magnética, o vídeo, o disco óptico ou o microfilme. Pode ser orgânica, isto é, elaborada, enviada ou recebida no âmbito da sua missão, ou não-orgânicas, isto é, produzida fora do âmbito desta.
A produção de informações orgânicas registradas dá origem aos arquivos do organismo.


A informação orgânica e registrada é por natureza uma informação arquivística que apresenta como características:
1. a natureza das informações arquivísticas é específica; trata-se de informações registradas em suporte definido, acumuladas por um indivíduo ou por um organismo que é, ao mesmo tempo, produtor e receptor;
2. a primeira característica da informação arquivística é a sua natureza orgânica, isto é, sua relação umbilical com o produtor;
3. a segunda característica é a sua originalidade, logo, a sua unicidade;
4. a terceira característica é a sua capacidade de ser avaliada em termos de idade e de utilização;
5. a primeira particularidade da informação arquivística é a natureza limitada dos seus suportes – convencionais ou eletrônicos;
6. a segunda particularidade refere-se à noção de acumulação das informações – produzidas ou recebidas – por um indivíduo ou um organismo, desde que sejam
informações capazes de ter significação;
7. a terceira particularidade refere-se às atividades geradoras que podem ser administrativas, técnicas ou científicas;
8. a quarta particularidade refere-se ao fato de a informação arquivística ser a primeira forma tomada  por uma informação registrada, quando da sua criação
       (Revista Archives, 1988 apud Lopes, 2000, p.103).

fonte  http://www.scielo.br/pdf/ci/v33n3/a11v33n3.pdf

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